Simplesmente épico!
Maior e melhor, mas ainda assim um pouco pior.
Já uma aventura colossal com mais de 100 horas, Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age acabou de ficar ainda maior e, crucialmente, ainda melhor. Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age - Definitive Edition adiciona e remodela o jogo com novas histórias guiadas por personagens, recursos de jogabilidade substanciais e muito mais. É um pouco como Persona 5 Royal, no sentido de que este relançamento expandido torna o jogo original praticamente redundante.
Mas antes de entrarmos nisso, vamos tocar no fato de que Dragon Quest XI S no PS4 é uma versão do título do Nintendo Switch. A sua resolução foi aumentada - tal como o FPS, para 60 fotogramas por segundo no PS4 Pro e PS5 através da compatibilidade com versões anteriores - mas os gráficos ainda são um ligeiro downgrade do Dragon Quest XI original do PS4. Algumas folhagens são menos densas e a distância de visão em coisas como sombras foi reduzida. Estamos falando principalmente de pequenos detalhes aqui - o tipo de coisa que você provavelmente nem notará, a menos que esteja jogando as duas versões lado a lado - mas é assim que é.
Felizmente, por todas as melhorias que Dragon Quest XI S traz para a mesa valem a pena pagar o preço de visuais um pouco piores. Para começar, Dragon Quest XI já tinha um elenco fantástico de personagens - e agora você pode passar ainda mais tempo com eles. Cada membro do grupo recebeu sua própria história paralela, que acontece em diferentes pontos durante a aventura principal. Individualmente, eles não são tão longos - algumas horas, no máximo - mas fornecem informações adicionais sobre o que faz o elenco central funcionar. Alguns são cômicos, enquanto outros são surpreendentemente emocionais. Você poderia argumentar que Dragon Quest XI é longo o suficiente para começar, mas as novas histórias de personagens adicionam outra camada de detalhes bem-vindos a este maravilhoso mundo de fantasia.
Saudades dos 16 bits?
Em seguida, você pode jogar Dragon Quest XI S inteiro de uma forma completamente diferente, se estiver sentindo nostalgia da era de 16 bits dos RPGs japoneses. Toda a jornada foi refeita como um modo de jogo opcional old school, completo com gráficos 2D de pixels e sua própria música. É um bônus incrível e impressionante e, como você poderia esperar, parece um título totalmente diferente.
O único problema com esse modo retro é que ele é dificultado por uma implementação inadequada. Para acessá-lo, você precisa ir para a igreja mais próxima, onde você pode alternar entre os reinos 2D e 3D - mas fazer isso significa que você será forçado a reiniciar o capítulo da história atual. Como tal, parece que você está sendo desencorajado a pular entre as versões 2D e 3D do jogo, o que é uma pena, considerando a quantidade de esforço que foi feito para que cada um existisse. Da forma como está, é melhor salvar o modo 2D para uma segunda jogada ou dar uma olhada rápida e nada mais.
O modo 2D é um extra cuidadosamente elaborado, mas para ser brutalmente honesto, você estaria perdendo muito do que torna Dragon Quest XI especial se continuasse com ele. Como sempre foi o caso com a longa série da Square Enix, a história é um caso clássico do herói em sua luta contra o mal, mas o encanto com que é contada é incomparável. O mundo colorido, os designs dos personagens e, sim, a trilha sonora agora totalmente orquestrada, combinam-se para criar uma aventura verdadeiramente memorável. Cada arco narrativo é bem definido e oferece algo novo, a ponto de se perder horas e sessões gigantescas de jogo sem sequer se incomodar com isso.
Carta de amor ou design antigo?
Dragon Quest XI ainda parece uma carta de amor imaculadamente escrita aos RPGs tradicionais. Sua abordagem de exploração, com cidades separadas por paisagens pitorescas e masmorras infestadas de monstros, é descaradamente antiquada, mas também atemporal em termos de estrutura. Da mesma forma, suas batalhas básicas por turnos são reforçadas com designs brilhantes de feras e bestas e progressão de personagem viciante. É um ode de amor e dedicação aos fãs de um bom JRPG, de ponta a ponta.
Para encerrar as coisas, vamos falar brevemente sobre as muitas adições e melhorias menores que a Definitive Edition traz. Temos uma faixa de voz japonesa opcional, novos trajes de personagens, mais configurações de 'Draconian Quest' que tornam o jogo ainda mais difícil (se você gosta disso) e a introdução de uma cidade 2D chamada Tickington, onde você pode seguir um missão paralela surpreendentemente elaborada que envolve jogos anteriores da franquia Dragon Quest. Além de tudo isso, há melhorias em todo o lugar, incluindo a capacidade de convocar seu cavalo ou a Fun Size Forge a qualquer momento enquanto estiver no campo. Você pode até habilitar um modo turbo, que acelera consideravelmente o combate. Conveniente, especialmente quando é hora de fazer grind. E sim, o grind continua presente, e muito.
Conclusão
Dragon Quest XI continua sendo um jogo para se perder sem ter horas pra voltar. Não estávamos totalmente convencidos de jogar uma aventura tão gigantesca de novo, mas Dragon Quest XI S só serviu para solidificar nossa opinião de que este é um dos melhores JRPGs já feitos. Uma carta de amor, um ode a tudo que o JRPG é, foi e deverá sempre ser.