Você não morreu
Levante-se, tenho uma oferta
No menu principal de Death's Gambit, supervisionamos as consequências do caos. "O que poderia ter acontecido aqui?" pensamos enquanto a música aumenta. Ele fornece uma dica sutil dos eventos que se desenrolam, enquanto seu personagem, Sorun, de repente é arrastado pelo terreno lamacento após uma batalha. Apesar de seu cenário medieval gótico, nada poderia nos preparar para os desafios que mais tarde enfrentamos.
Situado na terra da fantasia de Siradon, um mundo repleto de mistério e perigo, um soldado que morre no campo de batalha assina um contrato com a Morte. Como parte deste contrato, ele deve derrotar todo último imortal ainda existente em Siradon. Ele concorda, e assim nossa aventura começa.
Vá e lute como um imortal
O tom surpreendentemente sombrio e o design pixelizado de Death's Gambit tornam visualmente agradável a experiência enquanto atuam como principal fonte de incentivo ao progresso e desbloqueio do que o mundo oferece. Você escolhe entre sete classes, como o Assassino, com ênfase em ataques rápidos, ou o Cavaleiro do Sangue empunhando um machado, com sede de combate e agressivo. Qualquer que seja a sua escolha, há espaço para brincar e revisitar diferentes classes através de várias playthroughs, e cada classe exige um método diferente de abordagem para se ter sucesso em combate.
Servindo como um RPG de ação e um game de plataformas, este jogo de rolagem lateral é uma reminiscência punitiva dos difíceis encontros que vieram antes dele, incluindo as famosas franquias Dark Souls e Bloodborne. O Gambito da Morte (desculpem, não resisti) também requer muita estratégia, desde esquivar-se e pular no momento correto até hits oportunos, com ênfase em explorar seus caminhos e ramificações para obter benefícios e vantagens essenciais para encantar seus itens, usar magias ou consumir, embora sejam poucos e distantes entre si, são uma necessidade para sobreviver a chefes brutais, que uma e outra vez nos deixaram frustrados com a dificuldade de derrotar. É uma sorte que seu design elegante de personagens e estilos variados de ataque mantenham a experiência em boas condições e evitem que essas batalhas se tornem maçantes.
História zumbi
Com tanta ênfase nas trevas e na morte, as dificuldades de manter a narrativa de Death's Gambit interessante costumam aparecer como resultado. O conjunto principal de personagens parece intrigante o suficiente para querer manter um relacionamento e aprender mais, mas não o torna imune a sua parte justa de momentos de clichê e voz ruim de alguns de seus personagens menores. Ter um personagem mudo também parece uma escolha estranha de design, especialmente quando se responde a personagens que são dublados e encontram silêncio e legendas. Não estamos mais na época onde isso é aceitável.
Os postos de controle, também conhecidos como Death Idols, oferecem uma breve pausa quando os tempos ficam difíceis. Essas estátuas concedem aos jogadores a possibilidade de melhorar sua saúde, resistência e velocidade, além de atuarem como pontos de reaparecimento quando você morrer. Os ídolos são poucos e distantes entre si, e geralmente envolvem começar alguns minutos de distância, o que pode ser um pouco cansativo logo após uma luta desafiadora.
Este é um jogo em que você provavelmente morrerá bastante, e a desenvolvedora White Rabbit sabe disso. Cada vez que você morre, deixa uma pena a qual você pode voltar e recuperar se tiver sorte o suficiente, ou coletar fragmentos de inimigos para utilizá-los nos Death Idols. Essas penas podem ser usadas para a saúde e agem como sua tábua de salvação em situações difíceis. Nem tudo está sombrio e enevoado com a morte do protagonista, pois o jogo corta para algumas cenas chocantes que tentam recontar a história de Sorun, ou pelo menos aludir a ela. Essas cenas são deixadas para o jogador juntar por si, e não raro ficamos perplexos com elas.
Experiência de morrer
Nossa experiência com Death's Gambit, no entanto, vacilou às vezes. Depois de experimentar três novos arquivos salvos, encontramos cinco ocasiões em que nossos arquivos foram corrompidos, causando a falha do jogo em momentos inconvenientes. Raramente roubou a experiência, mas nos impediu de querer explorar demais, com medo de que a mesma situação ocorresse novamente.
Dito isto, a aparência de Death's Gambit como um jogo de plataforma é muito ruim, e escolhe se apoiar em seus elementos de RPG para compensar. Não é uma má escolha, mas com a integração de quebra-cabeças e plataformas mais interessantes, a experiência geral teria sido mais equilibrada e um pouco mais saudável. Embora o jogo ofereça um desafio, com bastante valor de repetição sendo agregado através de reviravoltas heroicas, duvidamos que este seja um jogo que teremos vontade de jogar novamente daqui há um tempo.
Conclusão
Death's Gambit é 40% de tentativa e erro, 40% dependente de upgrades e 20% de sorte. A corrida para o próximo nível sendo interrompida abruptamente por um inimigo em seu caminho gera um elemento de surpresa e imprevisibilidade deliciosa, e explorar seu mundo medieval pixelizado parece refrescante e nostálgico. Embora a inclusão de um elenco totalmente dublado e mais elementos de plataforma não dê totalmente errado (nem certo), seus difíceis encontros de batalha com chefes são suficientes para mantê-lo motivado, desde que você tenha muita paciência e esteja disposto a dedicar algum tempo para aprimorar seu personagem e conjunto de habilidades. Só não fique bravo se você morrer, tipo, muito.