Player Select 01/04/2017

Crítica – Power Rangers 2017

“Go Go Power Rangers”

Por Natália MattosA série original, que foi ao ar pela primeira vez em 1993, impactou uma geração que detestava a Rita Repulsa, idolatrava o Megazord, e vivia tentando selecionar quem entre os amigos seria qual cor de Power Ranger.Com um excelente roteiro e uso preciso dos bordões e músicas do seriado, Power Rangers dá a volta na breguisse e entrega uma narrativa realmente digna de super-heróis.

OS RANGERS

“Quando em dúvida, use estereótipos. “A líder de torcida, o jogador de futebol, o nerd, a menina estranha e o menino rebelde. Você já viu esse filme algumas vezes né? Inclusive, as primeiras cenas, que aparecem em parte nos trailers, são quase idênticas ao clássico “Clube dos Cinco”. E esta fórmula continua sendo utilizada por um motivo, ela funciona.Power Rangers utiliza os arquétipos de filmes de escola para construir seus personagens, sem tentar reinventar a roda, mas ainda assim atribuindo diversas facetas reais como problemas familiares e, principalmente, a formação de identidade própria, característica principal da adolescência.O elenco jovem selecionado para este filme foi outro ponto positivo. Como eles realmente aparentam ser adolescentes, muitas falhas de personalidade e conflitos são perdoadas e assimiladas, contribuindo para a suspensão de descrença.

A VILÃ

Eles salvaram o Alpha, salvaram os robôs em forma de dinossauros, mas a tradicional vilã dos rangers da primeira geração, Rita Repulsa, provou ser um desafio maior até mesmo para esses brilhantes roteiristas.No filme, a vilã ganhou um pouco mais de maturidade e uma história explicando superficialmente porque ela se volta contra os rangers, mas ainda faltaram elementos importantes para evoluir essa personagem para algo menos bidimensional.No entanto ainda é possível acompanhar a Rita Repulsa sem perder o ânimo pelo filme, com até algumas cenas engraçadas no meio, graças à atuação da Elizabeth Banks.

O ROTEIRO

O foco principal deste filme foi o desenvolvimento de personagens e união da equipe. O que por si só não é nada inovador. Mas o uso da jornada do herói, com o clima de inocência aplicado, incentiva a nos importarmos com esses personagens, a torcer para cada um.Quando finalmente chegamos no Super Sentai, com caratê, monstros de argila e super-robôs, em vez de ficarmos envergonhados com o ridículo da situação, nos encontramos entusiasmados, querendo fazer parte da aventura. A baixa expectativa em relação ao filme pode ter ajudado um pouco na experiência, mas ainda assim fica a torcida para virem próximos na franchise.

Crítica

Power Rangers Lionsgate

*As opiniões retratadas acima são de inteira responsabilidade do autor do texto, não retratando a opinião do site.

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